quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Primeira Tarefa

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A LEGITIMIDADE DO VANDALISMO, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. O texto deve conter um mínimo de 10 linhas e ser redigido de acordo com o Guia. O prazo para o envio do texto é dia 09 de novembro, por email.

Proposta da Redação


As manifestações, que ganharam maior atenção da mídia assim como aumento da participação popular, a partir do mês de Julho de 2013, foram realizadas por diversos grupos com diferentes pautas (sendo a pauta principal inicialmente a redução das tarifas do transporte público). As diferentes ações desses grupos heterogêneos de manifestantes geraram diferentes reações, sendo a depredação de patrimônio público e privado uma das ações que causou maior controvérsia. A ação coerciva das forças policiais e os gritos de “Sem Violência!” proferido por diversas pessoas presentes nas manifestações são um exemplo claro de desaprovação. 

Por outro lado, organizações como Black Block Brasil defendem tais atos devido ao caráter simbólico da violência praticada. Também podemos encontrar diversas defesas da tese da legitimidade do vandalismo em textos e documentários, produzidos por jornalistas, acadêmicos, coletivos e ONGs, difundidos amplamente nas redes sócias. Onde o que denominamos “vandalismo” é tratado como uma maneira legítima de oposição ao status quo.


TEXTO I

Promotor de Justiça Miguel Velasquez

"A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa realizou no final da tarde desta segunda-feira, 23, uma audiência pública para debater a situação das vítimas de atos de vandalismo ocorridos durante as manifestações de junho em Porto Alegre. O Coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, Promotor de Justiça Miguel Velasquez, afirmou que a liberdade de expressão é uma conquista do povo brasileiro e que o direito a livre manifestação não pode ser confundido com atos de vandalismo. “Houve um senso de oportunidade por parte dos vândalos. Havia algum conteúdo político nas depredações e nos atos de violência como queimar ônibus e quebrar bancos? Não é de hoje que temos o problema do vandalismo”, disse."


TEXTO II

Emma - membro do Black Block, capa da
revista Veja do mês de Agosto.

"Black Bloc foi o termo surgido de forma confusa na imprensa nacional. Seriam jovens anarquistas anticapitalistas e antiglobalização, cujo lema passa por destruir a propriedade de grandes corporações e enfrentar a polícia. Nas capas de jornais e na boca dos âncoras televisivos, eram “a minoria baderneira” em meio a “protestos que começaram pacíficos e ordeiros”. Uma abordagem simplista diante de um fenômeno complexo. (...) Corretos ou não, a tática Black Bloc forçou a discussão sobre o uso da desobediência civil e da ação direta, do questionamento da mobilização pelo próprio sistema representativo. Ignorá-los não resolve a questão: o que faz um jovem se juntar a desconhecidos para atacar o patrimônio de empresas privadas sob risco de apanhar da polícia? (...) “Nossa sociedade vive permeada por símbolos. Participar de um Black Bloc é fazer uso deles para quebrar preconceitos, não só do alvo atacado, mas da ideia de vandalismo” diz Roberto (nome fictício), que diz adiante “Não se trata de depredar pelo simples prazer de quebrar ou pichar coisas, mas de atacar o símbolo representado ali. Quando atacamos uma agência bancária, não somos ingênuos de acreditar que estamos ajudando a falir um banco, mas tornando evidente a insanidade do capitalismo. (...)”"

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